segunda-feira, 12 de maio de 2014

Lá em cima, o céu do dia é azul, azul que dói. O sol esta brilhante, o vento é calmo e o silêncio é doce e bom. Não temos nada, senão a mais sincera incapacidade para sermos sós, gente rarefeita, imperfeita, escassa e com tão pouco para dar.
 Somos um veículo de um só lugar, descendo uma estrada esburacada com um equilíbrio tão delicado que é preciso manter as duas mãos ao volante. Posso soltar uma para te agarrar mas logo tenho que voltar a segurar-me com as duas. Não é por nada. É só para não me esborrachar no chão. E acredita que se eu não largar a tua mão vais cair também. 

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